A tradução de 'poética seca' é 'realidade'...
E você diria: 'mas poesia é amor!'
'Sim!' - continuaria eu, com um sorriso cheio de possibilidades - 'Mas amor não é tudo!'

'Realidade é amor com escolha... amor é base... escolha é sentido!'


Entre sem bater!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SUCO (26 de maio de 1991 - no auge dos meus 18 anos)

Perplexo,
Sem nexo e complexo.
Sem saber, nem ser.
Só sexo.
Excreção da sádica sociedade,
Simples e sádica sociedade.

Nem sei se posso ser quem quer que seja.
Sereno, moreno, pequeno.
Sutilmente cínico.
Tísico
À sombra da dúvida
Túrgida
Sem saber se sei.

Na verdade sou assim, conscientemente latente,
Que cruza o silêncio,
Rasga a razão
E acha que sabe de tudo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

 
DOCE CLARICE
 
Sonhei
E acordei enrolado na realidade,
Aquecido, sorri.
Há muito espaço no peito
E um desejo louco de preencher o que não preciso deixar pra amanhã.


Agora, outro sorriso ilumina o trânsito lento.
E eu, apenas acelero. Confiante,
Na presença doce de Clarice.

E você?
Se você fosse você, quem você seria?

 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

E O MAR SE APAIXONOU PELO CÉU

Me esvazio. Abro espaço. E são tantas as possibilidades.

Me ultrapasso e racho o verso. Não pretendo. Apenas acho incrível e fico maravilhado.

De todas as vozes, a sua se levanta. O seu olhar me agiganta, como quem faz de uma formiga um ser brilhante.
Você é quem brilha. E não me tange, mas me toca a alma. E não é esse o sentido mais precioso?

De todas as nuances, você, amado, é a cor preferida. Mesmo que em tons de cinza. Gris gritante.
E se eu pudesse... sorria mais pelo puro prazer de pegar em sua mão ou esbarrar em ti.
 
O barco? Segue, revolto, no mar tranquilo, à espera de ao porto chegar.

De minha parte, vou me afastando pra quem sabe um dia chegar até você. A distância, segura, mantém o equilíbrio.
 
"E o Mar se apaixonou pelo Céu.

Impossível, impensável, intangível.

Mas a água evaporou... depois choveu."


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pois por trás da muralha
Há desejo de liberdade
E uma vontade que não descansa
De repousar a alma em ti