Estava pensando como fazer para abrir o blog, o que e como dizer... para tanto teria que olhar pra minha alma e sondar o que resvala meus limites, minhas bençãos... e me deparei com Vinícius dizendo sobre meu susto, o de repente.
Então ao invés de reinventar a roda, deixo que o poeta diga o que eu diria com palavras bem menos elaboradas... ah, Vinícius!
SONETO DA SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
E digo... a tradução de 'poética seca' é 'realidade'...
E você diz: 'mas poesia é amor'!
'Sim!' - continuaria eu, com um sorriso cheio de possibilidades - 'mas amor não é tudo!'
'Realidade é amor com escolha... amor é base... escolha é sentido!'
domingo, 24 de janeiro de 2010
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